Usinas nucleares

Depois do acidente com as usinas nucleares de Fukushima, no Japão, provocado pelo terremoto  e tsunami que já mataram mais de 10 mil pessoas, o mundo começou a olhar com maior preocupação a questão da segurança dessas usinas. Enquanto em vários paises, como Alemanha e Reino Unido,  crescem os protestos contra esse tipo de produção de energia, os governos já reavaliam   os sistemas de segurança das suas usinas nucleares, para evitar se repitam os problemas observados no Japão e em Chernobyl, na Russia. No Brasil as autoridades ligadas ao setor também já não escondem a sua preocupação com a segurança das usinas nucleares de Angra dos Reis, mesmo descartando a possibilidade de terremotos ou tsunamis. As preocupações aqui são com as encostas dos morros em vollta das usinas diante dos riscos  de deslizamentos de terras, considerando o volume de  chuvas que desabam na região. E novos estudos começaram a ser feitos para avaliar os riscos.  Mas - cabe uma pergunta - será que vale a pena os custos e os riscos de ter usina nuclear no Brasil?  No Japão até que se justifica a instalação desse tipo de usina, para a produção de energia, diante da falta de uma infra-estrutura hídrica ou mesmo petróleo para a busca de energia alternativa. Mas no nosso país existe uma invejável malha hídrica capaz de suprir a demanda interna de energia com a construção de mais hidrelétricas. O governo bem que poderia repensar o problema, exorcizando, definitivamente,  o medo de um eventual acidente nuclear. Afinal, vale a pena levar na devida conta a experiência japonesa.