É de desespero o clima entre aposentados e pensionistas do Banco da Amazonia, que até agora não receberam a primeira parcela do 13º salário, normalmente paga em fevereiro, e nem os proventos de março, sempre pagos no dia 23. Naquele dia, com a suspensão do pagamento, muitos aposentados e pensionistas passaram mal nos corredores da Associação dos Aposentados (Aaba), em Belém, e tiveram de ser atendidos num posto de emergência montado no local pela Caixa de Assistência (Casf), o plano de saúde do pessoal do Basa. Tanto a Aaba como a Aeba (Associação dos Empregados do Basa) ingressaram na Justiça com mandados de segurança, visando obrigar o Banco a pagar os aposentados, mas até sexta-feira não houve nenhuma decisão.
O não pagamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas pelo Basa/Capaf (Caixa de Previdência Privada do Banco) vai criar sérias dificuldades também para a Casf (Caixa de Assistência dos Funcionários) e para o Coramazon, responsável pela administração do seguro de vida do pessoal do Basa, porque as duas instituições também deixarão de receber as mensalidades, que são descontadas dos proventos em folha. Mesmo sabendo do problema a Casf e o Coramazon, no entanto, já ameaçam cancelar o plano de saúde e o seguro dos associados caso não paguem as mensalidades. E já circulam rumores de que a Casf não resistirá muito tempo, também entrando em falência, sem os recursos oriundos dos associados. É o chamado efeito dominó.
E tem mais: notícias procedentes de Belém dão conta de que o Banco da Amazonia renovou o contrato com a Consultora Internacional Deloitte Tomatsu, por mais 90 dias, ao custo de R$ 5 milhões, para realizar a segunda etapa da campanha destinada a convencer os aposentados e pensionistas a migrarem para o novo plano, considerado prejudicial aos interesses da categoria. Já foram gastos cerca de R$ 10 milhões na primeira etapa da campanha, recursos que dariam para pagar pelo menos cinco meses dos aposentados e pensionistas. E até agora, segundo as mesmas informações, apenas 40% aderiram.
A suspensão do pagamento dos aposentados e pensionistas do Basa tem justamente o objetivo de obrigá-los a migrarem para o novo plano, quando então o Banco liberará mais de R$ 800 milhões para regularizar a situação. Sem dúvida é uma ação terrorista nunca vista em nenhum outro órgão do governo federal, o que depõe contra o PT, que administra o Banco. O ex-presidente Lula e a Presidente Dilma Roussef certamente ainda não estão sabendo disso, porque sem dúvida jamais compactuariam com semelhante procedimento, que está pondo em risco a vida de muitos aposentados e pensionistas.
sexta-feira, 25 de março de 2011
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