Depois de 17 cirurgias e mais de 13 anos de luta contra um câncer de intestino, faleceu nesta terça-feira de falência múltipla de órgãos, aos 79 anos de idade, o ex-vice-presidente José Alencar. Ele estava internado na UTI do Hospital Sirio-Libanês, em São Paulo, desde segunda-feira. Ao receber a notícia em Portugal, onde se encontra para receber nesta quarta-feira o titulo de Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu conter as lágrimas. "O Brasil perde um homem de dimensão excepcional", ele disse. Lula disse ainda que vai dedicar o título a ele. A presidente Dilma Roussef, que também está em Portugal para prestigiar a homenagem a Lula, determinou que o corpo do ex-vice-presidente seja velado no Palácio do Planalto, em Brasilia. Ela e o ex-presidente retornam logo após a homenagem em Coimbra, devendo chegar ao Brasil por volta das 20 horas do mesmo dia.
José Alencar sem dúvida foi um guerreiro e um exemplo. Há algum tempo atrás ele declarou, após sair de mais uma cirurgia para retirada de tumor do intestino, que tinha muita fé em Deus e não tinha medo da morte. "Se Deus quizesse me matar agora - ele disse - não precisaria de um câncer para isso". A morte do ex-vice-presidente comoveu o país, registrando-se manifestações de pesar em todos os recantos desta imensa nação.
A nota dissonante ficou por conta de uma indagação infeliz postada no twitter da Secretaria de Cultura de São Paulo: "Por que o José Alencar e não o Sarney?" O governo paulista se apressou em desculpar-se, alegando equívoco, mas a nota pegou muito mal, a exemplo de outra postada recentemente no twitter do Supremo Tribunal Federal, também com uma indagação, a propósito da aposentadoria do jogador Ronaldo, que dizia: "Agora que o Ronaldo se aposentou, quando é que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?" Uma agressão gratúita que evidencía um efeito residual da campanha movida contra o presidente do Senado quando das denúncias de atos secretos.
terça-feira, 29 de março de 2011
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