quarta-feira, 30 de março de 2011
O tempo urge
Com a antecipação do seu regresso ao Brasil, em razão da morte do ex-vice-presidente José Alencar, a presidente Dilma Roussef teve de cancelar os encontros que teria nesta quarta-feira, em Portugal, com o presidente Cavaco Silva e com o primeiro ministro demissionário José Sócrates. Os portugueses tinham grande interesse nesses encontros diante da promessa da presidente brasileira de ajudar o país-irmão a sair da crise econômica em que está mergulhado. Os jornais portugueses desta quarta-feira, aliás, dão como certa a ajuda brasileira, mas a verdade é que não chegou a haver nenhuma negociação. Em rápida entrevista, antes de tomar conhecimento da morte de José Alencar, a presidente Dilma deixou no ar a possibilidade de comprar títulos da dívida pública portuguesa, mas lembrou a necessidade de garantias, considerando os riscos, de acordo com a classificação da agência Standard. Diante da situação dificil em que se encontra o país de Camões, que terá de desembolsar 4,5 bilhões de euros nos próximas dias para reconquistar a confiança do mercado internacional, é bem provável que o governo português mande urgentemente emissários ao Brasil para realizar as necessárias negociações. Afinal, o tempo urge.
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