terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Partidarismo

Conforme esperado, tão logo reassumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal o ministro Joaquim Barbosa expediu o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha, um dos condenados no chamado mensalão, que hoje mesmo se entregou no presídio da Papuda, em Brasilia. Enquanto isso continua a sua amnésia sobre o ex-deputado Roberto Jefferson, também condenado, que prossegue livre, leve e solto em seu sitio no Rio de Janeiro. A Mesa da Câmara Federal já marcou para o próximo dia 12 uma reunião para decidir sobre a cassação do mandato do parlamentar petista, que já disse que não renuncía porque é inocente. Considerando a troca de sorrisos entre o deputado Henrique Alves, presidente da Câmara, e o ministro Barbosa, por ocasião da abertura dos trabalhos do Congresso Nacional, prever o desfecho da reunião não parece muito difícil. Por outro lado, o presidente do STF surpreendeu os seus colegas ministros incluindo na pauta da primeira sessão criminal da Corte em 2014, na próxima quinta-feira, um processo contra o deputado federal Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu, acusado de crime eleitoral. Será que alguém ainda tem dúvidas do escandaloso partidarismo do ministro Barbosa em suas decisões?

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