segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mais propinas

Uma auditoria interna da Alstom, na França, reconhece que a empresa, envolvida com o escândalo de subornos no metrô paulista nos governos tucanos, também pagou propina, em janeiro de 1999, para vender equipamentos à hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina, um dos projetos de privatização do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. A revelação consta de reportagem da “Folha de São Paulo”, segundo a qual um ex-diretor da multinacional francesa, o engenheiro André Botto, disse em depoimento à Justiça que a direção da Alstom autorizou o pagamento de propina de 15% sobre o contrato de 45 milhões de dólares com uma estatal paulista em 1998. O documento publicado pela “Folha” também revela o pagamento de propinas à Secretaria de Energia de São Paulo, na época ocupada por Andrea Matarazzo, hoje vereador pelo PSDB, e às diretorias administrativa, financeira e técnica da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE). O jornal “O Estado de São Paulo”, por sua vez, informa que o ex-diretor administrativo da EPTE, Gerson Kozma, afirmou em depoimento à Policia Federal que soube que a multinacional francesa pagava propina para os diretores técnico e financeiro. E mais: a Alstom ofereceu propina de R$ 23 milhões para funcionários públicos do Estado de São Paulo entre 1998 e 2003, durante os governos de Mário Covas e Geraldo Alkmin. O cerco está apertando...

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