sábado, 15 de fevereiro de 2014
CPI do Black
O Congresso Nacional poderá criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito mista para investigar os atos de violência e vandalismo praticados pelos mascarados denominados Black Blocs, com o possível envolvimento de políticos, que recentemente culminaram com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes. Vários deputados, entre eles o líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, Eduardo Cunha, e Fernando Fransichini, do Solidariedade, já manifestaram a disposição de coletar assinaturas para a criação da CPI conjunta da Câmara e Senado. A suspeita da participação de partidos políticos nas manifestações foi levantada pelo Black Bloc Caio Silva de Souza, que se encontra preso, acusado da morte do cinegrafista, durante depoimento à polícia. Ele disse, entre outras coisas, que os jovens recebem dinheiro (R$ 150 cada um) e quentinhas para participarem das manifestações e que existem pessoas encarregadas da distribuição de pedras e outros instrumentos para a prática da violência e do vandalismo. Ele disse ainda "acreditar que os partidos com bandeiras nas manifestações (PSTU e PSOL)são os mesmos que pagam os manifestantes". O deputado Eduardo Cunha disse que “a sociedade quer ver esclarecida a dúvida sobre quais partidos ou políticos estão por trás disso tudo”, acrescentando: "Precisamos urgentemente de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar esse tipo de situação". Se o número legal de assinaturas for conseguido a comissão mista poderá ser instalada imediatamente. Enquanto os parlamentares coletam assinaturas para a CPI já surgem vozes transformando os acusados pela morte do cinegrafistas em “coitadinhos”. O “Jornal do Brasil”, em editorial, depois de dizer que Caio “é povo”, dá ênfase ao que ele disse em entrevista à TV Globo: “Só quero ver meu país melhor, eu quero saúde, educação”. E daí? Todos nós somos povo, mas isso não nos dá o direito de sair destruindo coisas e matando pessoas. E, também, quem quer reivindicar melhorias para o seu país, como saúde e educação, não usa máscaras, não depreda o patrimônio público e privado e não lança rojões contra pessoas, sejam policiais ou não.
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