terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Fascismo

Vale a pena transcrever esta matéria do jornal digital “Brasil 247”, desta terça-feira: “Foi preciso uma morte trágica, a do cinegrafista Santiago Andrade, do grupo Bandeirantes, para que o Brasil finalmente acordasse. A partida prematura do profissional da Band abre uma janela de oportunidade para que o País decida agir com seriedade e responsabilidade às vésperas do maior evento de sua história: a Copa de 2014. Numa entrevista emocionada, Arlita Santiago, viúva do repórter da Band, fez um desabafo. "Ele não pode estar partindo em vão", disse ela.Sua morte só não terá sido em vão se as autoridades aproveitarem o clima de comoção para, finalmente, conter a baderna iniciada com as chamadas "jornadas de junho" – e que, diga-se de passagem, foi incentivada por setores da mídia e da política que, nelas, enxergaram uma possibilidade de fragilizar o poder incumbente. Eram "manifestações lindas", que "infelizmente terminavam em violência", segundo o discurso dos incitadores da destruição, que redundaram em veículos destruídos, agências bancárias depredas e até no Palácio do Itamaraty, em Brasília, incendiado.Com a morte de Santiago Andrade, muitos enxergam, agora, o caráter fascista, antidemocrático e – por que não dizer – terrorista dos grupos que têm promovido esse tipo de protesto. Contra eles, duas iniciativas começam a ganhar corpo: um projeto que tipifica o crime de terrorismo e outro que trata dos crimes de incitação à baderna e à desordem.No Senado, a iniciativa é dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Jorge Viana (PT-AC). "Mediante o acontecido com o cinegrafista, que foi covardemente assassinado, acredito que o Senado tem que responder, não só para esse fato, mas para alguns que já aconteceram e outros que vão acontecer se nada for feito", diz o senador Paim. Para Jorge Viana, a lei antiterrorismo vai dar um "sinal concreto" à sociedade de que crimes como o que resultou na morte de Santiago Andrade vão ser punidos "com mais de 30 anos de cadeia".Outra alternativa é o projeto defendido pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, que sugere uma nova redação para os artigos 287-A e 288-B do Código Penal, que tratam de crimes contra a paz pública. Num caso como o que resultou na morte de Santiago Andrade, as penas ficariam entre seis e 12 anos de prisão. No Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) promete votar a lei antiterrorismo em regime de urgência. É uma decisão acertada, pois há pouquíssimo tempo para garantir uma Copa minimamente segura, quando os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil.”

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