domingo, 2 de dezembro de 2012

Fux, fux...

Em entrevista à "Folha de São Paulo", publicada neste domingo, o ministro Luis Fux, do Supremo Tribunal Federal, que se tornou o eco do ministro Joaquim Barbosa no julgamento do chamado mensalão, confessou que, na luta para conquistar a vaga no STF, levou seu currículo ao ex-ministro José Dirceu e ao deputado João Paulo Cunha, ambos réus no processo, e, também, ao deputado Paulo Maluf, ao líder do MST, Stédile; ao ex-ministro Delfim Neto; ao governador Sergio Cabral e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entre outros. Ele se empenhou com todo mundo que podia ter alguma influência no governo da presidente Dilma Roussef, inclusive com a mulher de Dirceu, Evanise. "Levei meu currículo ao Dirceu e pedi a ele que me levasse ao Lula", disse Fux. O deputado João Paulo Cunha articulou o apoio da bancada do PT à candidatura de Fux ao STF. Sobre o deputado Paulo Maluf, que também pediu apoio para ele, o ministro disse na entrevista:"Eu nunca vi esse homem". Fux seguiu todos os passos do ministro Joaquim Barbosa para a condenação dos réus, tendo a "Folha" dito que ele "fez dos seus votos um espelho dos votos de Barbosa". Na entrevista, o ministro chegou a dizer: "Sei que a Dilma está chateada comigo mas eu não prometi nada". É claro que a presidente Dilma ou o ex-presidente Lula jamais pediriam alguma coisa a qualquer um dos ministros que nomearam, mas se houvesse neles um mínimo de sentimento de gratidão deveriam, na pior das hipóteses, votar com isenção, sem deixar-se influenciar pela sistemática campanha da chamada Grande Imprensa pela condenação dos réus. Nem precisa maiores comentários. A entrevista já diz tudo...

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