segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Perspectiva

Do ponto de vista político o ano de 2012 termina como começou, com a presidenta Dilma Roussef e o ex-presidente Lula em alta: segundo pesquisa Datafolha os dois seriam eleitos logo no primeiro turno se as eleições fossem agora. Dilma obteve 57% das intenções de voto e Lula 56%. O julgamento do chamado mensalão, portanto, que se desenvolveu justo no período eleitoral e teve uma cobertura excepcional da chamada Grande Imprensa precisamente para minar o prestígio de Lula, não produziu os efeitos desejados pelos controladores dessa mídia. E não afetou, sequer, a eleição na principal cidade do país, São Paulo, onde foi eleito Fernando Haddad, o candidato indicado pelo ex-presidente e considerado um "poste". A mesma Grande Imprensa agora inclui na lista dos presidenciáveis para as eleições de 2014, além de Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva, também o relator do processo do mensalão e atual presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa. Essa mídia, que exagerou no incenso a Barbosa e mexeu com a sua vaidade justamente para dar força à condenação dos réus, especialmente os ligados ao PT, acabou se convencendo de que ele é hoje uma liderança no país, com possibilidades de chegar ao Planalto. Na verdade, a popularidade que se atribui a ele só existe mesmo na própria mídia, que a fabricou. Se ele se deixar convencer por esse pessoal e decidir se candidatar mesmo vai descobrir que só tem mesmo o voto dos controladores da Grande Imprensa. Aliás, o ex-presidente FHC, que já abraçou a candidatura do mineiro Aécio Neves, já o alertou para que não entre nessa. De qualquer modo, vamos entrar em 2013 com os políticos de olho na eleição presidencial de 2014. E isso promete muita discussão.

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