segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

E agora?

Depois de mais de quatro meses, tempo em que virou atração da TV e ministros se transformaram em estrelas, o Supremo Tribunal Federal encerrou nesta segunda-feira o julgamento do chamado mensalão. E com o voto de desempate do ministro Celso de Mello, que reapareceu após três dias acamado com suspeita de inflamação das vias respiratórias, decidiu, por cinco votos a quatro, cassar o mandato dos três deputados condenados: João Paulo Cunha, Waldemar da Costa Neto e Pedro Henry. Ao proferir o seu voto o ministro Celso de Mello classificou de "irresponsáveis" as declarações do deputado Marco Maia, presidente da Câmara Federal, segundo as quais quem tem o direito constitucional de cassar mandatos é o próprio Congresso. O parlamentar, que já sinalizou a disposição de não reconhecer a decisão do STF, disse: "Isso não é desobedecer o STF. É obedecer a Constituição". A crise, portanto, está armada. E a queda de braço entre os dois poderes parece inevitável.

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