quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Querem acabar o CNJ?

Associações de magistrados, incomodados com o trabalho da ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, pediram nesta quinta-feira para que ela seja investigada, acusando-a de ter quebrado ilegalmente o sigilo fiscal de 200 mil membros do Judiciário em todo o país. Segundo o jornal "Folha de São Paulo", a ministra teria determinado uma varredura na movimentação financeira de 216.800 magistrados e a análise apontou 3.438 movimentações suspeitas. Esse seria o motivo da ação das associações de magistrados contra as investigações realizadas pela ministra. Ela garante, porém, que nunca houve devassa ou quebra de sigilo, apenas fez investigações pontuais com base em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) sobre movimentações financeiras consideradas atípicas, ou seja, acima de R$ 150 mil. E nessa situação foram identificadas 150 transações no Tribunal de Justiça de São Paulo. Segundo ela, 45% dos magistrados de São Paulo não enviaram à Corte suas declarações do Imposto de Renda, desrespeitando a legislação. Depois de afirmar que nunca investigou membros do Supremo Tribunal Federal, Eliana Calmon disse que o seu trabalho "é defender a instituição da corrupção que, infelizmente, se alastra pelo país". A ministra disse ainda que há quatro anos investiga o patrimonio de juizes e servidores do Judiciário e que só agora o seu trabalho gerou toda essa polêmica porque as investigações chegaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo, o que, segundo ela, é consequência do corporativismo das associações de magistrados. A ministra concluiu afirmando que,na verdade, "o que está em jogo é a sobrevivência do CNJ". Eliana está certa, pois tudo indica que todo esse barulho tem como objetivo acabar com o CNJ e, portanto, impedir que sejam investigados homens que durante muito tempo estiveram acima de qualquer suspeita. E se não querem ser investigados é porque deve ter  alguma coisa pôdre por trás de tudo isso. Afinal, como diz o velho ditado, "quem não deve não teme".

Um comentário:

Anônimo disse...

INDUSTRIA DAS LIMINARES


As concessões e quedas de liminares , de forma quase instantânea, deixam a população e os operadores do direito atônitos.
Respeitada a liberdade de cada julgador e seu posicionamento frente ao direito e ao social, ainda há liminares que não deveriam ser concedidas ( e por isso são cassadas ) e liminares bem substanciadas que, sem explicações, são cassadas.
Afaste-se a má-fé dos julgadores, mas a INDUSTRIA DAS LIMINARES está acontecendo todos os dias em nosso país.
Alguem duvida ?