sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Investigadora investigada

Nada menos do que 33 ministros do Superior Tribunal de Justiça também receberam, de uma só vez, o pagamento do auxilio-moradia atrasado  desde 1990, valores que somam cerca de R$ 2 milhões, segundo a "Folha de São Paulo".  É o mesmo benefício recebido pelos ministros Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Foram esses pagamentos, realizados inicialmente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, aque chamaram a atenção do Conselho Nacional de Justiça e provocaram a investigação da corregedora Eliana Calmon, desagradando a muita gente  miúda e graúda do Judiciário. Nesta sexta-feira as três principais associações de juizes entraram com um pedido para que a Procuradoria Geral da República investigue a corregedora Eliana Calmon, do CNJ, pela possivel quebra do sigilo de dados  de magistrados e servidores do Judiciário. Se já não bastassem as liminares concedidas pelos ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski, do STF, paralisando as investigações e beneficiando os investigados - e consequentemente esvaziando o CNJ -  as entidades de classe dos juizes aparentemente também querem calar a ministra-corregedora. Agora, quatro perguntinhas inocentes: por que tanto medo de investigação? O que estão querendo esconder? Por que os políticos, especialmente aqueles que vivem pedindo investigações e CPIs para membros do governo, estão calados? Por que adiaram no Senado a votação da  PEC que fortalece os poderes do CNJ?

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