quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ameaças

Cresce a tensão internacional em torno da questão nuclear iraniana. Agora, além das ameaças de Israel e dos Estados Unidos, de ataque às instalações nucleares do Irã, também o general iraniano Masud Jazayeri fez ameaças, dizendo que se o seu país for atacado Israel será destruido. O presidente iraniano Marmoud Ahmadinejad classificou de "absurdas" as acusações da Agência Internacional de Energia Atômica, contidas em seu relatório, segundo as quais haveria "indícios" de que o Irã estava fabricando uma bomba. O presidente israelense Shimon Peres disse que a possibilidade de um ataque ao Irã está mais próxima do que uma ação diplomática. A Russia e a China, no entanto, já deram o seu recado: advertiram sobre os riscos de um ataque ao Irã. O chanceler russo Serguei Lavrov disse que um ataque ao Irã "seria um êrro muito grande", capaz de provocar mais conflitos e causar vitimas civis com "consequências imprevisíveis". Na sua opinião, o problema iraniano não pode ser resolvido militarmente, como também nenhum outro problema no mundo contemporâneo. A China, por sua vez, disse que a solução deve ser conseguida através do diálogo e da cooperação. A posição moderada da Russia e da China fez o mundo respirar mais aliviado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Para deter os excessos e a fúria de certos Governantes de Israel - que tem 200 bombas atômicas e mísseis poderosos - é necessário que o Irã consiga urgente fazer as suas. É muito lamentável, mas só a bomba atômica dos dois lados garantiria a Paz naquela região. Com a MAD - Mutually Assured Destruction - tanto os aiatolás quanto os generais e políticos linha-dura israelenses pensariam 100 vezes antes de atacar uns aos outros. Como é que pode Israel querer atacar ATÔMICAMENTE outro País que nem tem a bomba ainda? Sim, porque para ter uma expectativa mínima de sucesso na destruição das muito dispersas instalações nucleares do Irã, situadas em centros populosos, Israel terá que usar bombas atômicas táticas, que, no mínimo, vão espalhar radiação letal em território iraniano e até além - Afeganistão, Paquistão e China. Dentro dessa linha de raciocínio de alguns políticos e generais linha-dura de Israel, os Estados Unidos teriam feito um ataque nuclear preventivo à União Soviética, como sonhava o Gen. Curtis LeMay, o qual, comandando com o dedo no gatilho o poderosíssimo Comando Aéreo Estratégico, teve no entanto o mérito de conter com rédeas curtas seus colegas soviéticos igualmente falcões, durante a Guerra Fria. Foi a DESTRUIÇÃO MÚTUA ASSEGURADA que fez com que ele fosse podado pelos seus colegas e superiores mais sensatos. Voltando aos dias de hoje, Netanyahu tem estado calado e a janela para um ataque vai até o fim deste mês. Depois, só reabre em março. Talvez ainda seja cedo para dizer que o perigo passou.