domingo, 6 de novembro de 2011

Pretexto

O Irã acusou a Agência Internacional de Energia Atômica de  mentir sobre o programa nuclear do país. O ministro das Relações Exteriores iraniano reafirma que o programa nuclear do seu país tem objetivos pacíficos e afirma que estão fabricando um pretexto falso para atacar o Irã, do mesmo modo que mentiram sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque, o que serviu de pretexto para o ataque dos Estados Unidos, que resultou na morte de milhares de pessoas. Um ataque às instalações nucleares do Irã vem sendo anunciado pelo governo de Israel, mas o governo da França, mais equilibrado,  já descartou essa possibilidade. O presidente Sarkozi, no entanto, criticou o que classificou de  "obsessão do Irã por armas nucleares". Essa política internacional de energia nuclear é esquisita, para não dizer passional, pois segundo ela apenas meia dúzia de paises pode possuir armas nucleares.   O ideal mesmo era que ninguem tivesse armas de destruição, que colocam em risco a sobrevivência do próprio planeta, mas já que alguns têm, inclusive paises reconhecidamente belicistas,  porque outros não podem? Pelo visto o mundo tem donos.

Um comentário:

Anônimo disse...

É muito engraçado (se não fosse trágico). Um país - a pretexto de ser belicoso - que ainda não tem armas atômicas ser atacado por outros que as possuem.
Um ataque ao Irã teria a conotação de um ataque nuclear, pois, dizem especialistas em armamento, as bombas necessárias para penetrar as instalações iranianas são bombas atômicas táticas. Não teriam efeito cirúrgico, até pela radiação, e Isfahan, por exemplo, é uma cidade populosa. A pretexto de evitar uma guerra nuclear, Israel, contraditoriamente, seria o primeiro país do mundo a realizar um ataque nuclear a outro país, após as tragédias de Hiroshima e Nagasaki. Ahmadinejad e os aiatolás não seriam loucos de agredir atômicamente Israel sabendo que este País tem 200 bombas atômicas e um irmão maior por trás. O Irã seria VAPORIZADO rapidamente. Por outro lado, um Irã nuclearizado teria um enorme poder de dissuasão. Portanto, trata-se apenas de os israelenses e americanos PRESERVAREM somente para eles o poder de dominar e impor suas vontades e seus interesses aonde quer que desejem. Por isso, paradoxalmente, é a bomba atômica que ainda consegue manter a PAZ, no estágio espiritual em que ainda se encontra a Humanidade. Pelo visto até aqui, apesar de todo o progresso feito, a Humanidade ainda está muito longe de subir ao encontro de Deus, conforme vislumbrou poeticamente o grande Teilhard de Chardin, em sua belíssima Cosmovisão descrita no Fenômeno Humano.