quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Restaurando o diploma

O Senado aprovou nesta quarta-feira, em primeiro turno, por 65 votos contra 7, a Proposta de Emenda Constitucional que restabelece a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A obrigatoriedade do diploma foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal em junho de 2009, quando a maioria dos ministros entendeu que a obrigatoriedade seria limitar o exercício da profissão, em desacordo com a liberdade de expressão. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Na verdade, é dificil entender a decisão do STF, já que  todas as demais profissões exigem o diploma para o seu exercício, o que é o certo, pois de outro modo não haveria necessidade de faculdades. Os bacharéis em Direito, inclusive, além do diploma, necessitam também do exame da OAB para trabalharem. Por que só o jornalismo não precisa de diploma? Ao aprovar a PEC que restaura a obrigatoriedade do diploma de jornalista o Senado faz justiça aos profissionais da imprensa, o que o STF não fez.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo inteiramente com vc, Ribamar. Só nos blogs, independentes, ainda se vê jornalismo hoje. Não existe mais jornalismo nos grandes jornais que vivem de publicidade e de política. Todos os profissionais que ali labutam são comprados pelo negócio excelente que é o jornalismo vendido. Ninguém tem mais liberdade de coisa nenhuma: se não escreverem o que o Editor quer,.. ...rua; basta ver o Globo, a TV Globo ea Folha de São Paulo. Faz-se jornalismo nesses anbientes viviados?
Vc sabe muito bem, por exemplo, que a polêmica que envolve milhares de funcionários e ex-funcionários do BASA não obteve uma linha nem um fio de voz na imprensa, principalmente nas afiliadas Globo, que vivem EXCLUSIVAMENTE de publicidade e, por isso, não podem se colocar contra o lucro dos seus patrões.
Por isso, não creio que o fato da existência ou não de diploma faça alguma diferença. Afinal, com o canudo ou sem o canudo a grande mídia continuará comprando. É esse o papel do capitalismo ganancioso.
Para concluir: conheço muito "jornalista" com diploma que não escreve três linhas sem erros. E outros sem diploma que não escorregam na língua e nos critérios exigidos pela profissão. Agora, imagine se todos os jornalistas fossem diplomados, poder-se-ia caçar seus "dipromas" em caso de desvio de função, por exemplo: falar só o que os Marinhos querem, ou os Frias ou os Pastores...