Está explicado

Existem fortes suspeitas entre os bancários de  que Abdias Junior veio de encomenda para o Banco da Amazonia com a missão de enfraquecê-lo e, desse modo, facilitar a sua fusão não com o Banco do Brasil, como a princípio se imaginava, mas com o Banco do Nordeste. A sua péssima atuação na presidência do Banco, portanto, não seria  fruto apenas da sua incompetência mas, sobretudo, dessa missão, que mergulhou o Basa num visível processo de deterioração. A tese, em princípio, parece absurda, mas se atentarmos para o fato de que Abdias parece "imexível", apesar da sua desastrosa gestão, conclui-se que as suspeitas têm fundamento. A tese é reforçada pelo estranho comportamento dos políticos, em especial dos governadores dos Estados que integram a região amazônica, mergulhados num  silêncio bastante suspeito, considerando-se a importância do Basa para o desenvolvimento desta imensa área. Até hoje nenhum dos governadores, particularmente os do Maranhão, Pará e Amazonas, abriu a boca para falar qualquer coisa, nem mesmo sobre a greve que já se arrasta ha mais de 50 dias. Ninguém acredita, também, que a presidente Diulma Roussef não tenha conhecimento do que se passa no Basa, inclusive sobre a greve, já que ele é o único Banco que se encontra paralizado. Afinal, de onde vem a força que segura Abdias na presidência do Basa? Esta semana finalmente duas senadoras da região, Marinor Brito, do Pará, e Vanessa, do Amazonas, denunciaram a situação do Basa da tribuna do Senado e, inclusive, pediram a exoneração de Abdias. Será que depois disso a Presidenta e o ministro Mantega vão continuar ignorando a situação? E Abdias, cuja exoneração está sendo revindicada pelos funcionários preocupados com o futuro do Basa,  vai continuar no cargo? Provavelmente teremos uma resposta a essas perguntas na próxima semana.