quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Aneaça de guerra

Se o relatório da Agência Internacional de Energia Nuclear, que será divulgado na próxima terça-feira, dia 8, levantar a suspeita de que o Irã está desenvolvendo armas nucleares - mesmo que não haja provas - existe a possibilidade de que Israel e os Estados Unidos realizem um ataque às instalações nucleares iranianas. Segundo a imprensa israelense o primeiro ministrol Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Eruhd Barak, só precisam desse relatório para convencer os demais membros do governo israelense sobre a oportunidade do ataque. Uma pesquisa realizada entre os israelenses mostra que a opinião pública está dividida: 41% estão a favor do ataque e 39% contra, enquanto 20% estão indecisos. Nesta quarta-feira foram realizadas manobras militares que simulam um ataque com mísseis  a centros urbanos de Israel. As sirenes anti-aéreas tocaram em várias cidades da zona metropolitana de Tel-Aviv. Foi testado com sucesso um missil balístico de 6 mil quilômetros de alcance, capaz de carregar ogivas nucleares. Por outro lado, segundo o jornal "Telegraph", o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar, advertiu os Estados Unidos para os riscos de um confronto com o Irã, acrescentando que  o seu país "está preparado para o pior".  Se toda essa movimentação de Israel não for encenação para intimidar o Irã, já que parece estranho anunciar-se um ataque por antecipação, poderemos ver o mundo  mergujlhado numa guerra de consequências imprevisíveis ainda este ano. E muitos pagarão com a vida a irresponsabilidade de meia dúzia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caramba, desde os tempos do Gen. Curtis Le May não via gente com tanta disposição para a INSENSATEZ como essa dupla Bibi Netaniahu/Ehud Barak. World War III à vista? Talvez aquele Pastor que vive prevendo o fim do mundo esteja precisando apenas refinar os seus cálculos, há,há,há!!!

Anônimo disse...

Um ataque ao Irã tem muitos ingredientes para se transformar em uma hecatombe generalizada, que leve à III Guerra Mundial. Para começar, as instalações atômicas iranianas são espalhadas, profundamente enterradas e protegidas. Para penetrá-las, Israel terá que usar pequenos artefatos nucleares. A radiação sopra na direção do Afeganistão, Paquistão e China. Haverá forte retaliação por parte do Irã que, apesar de não ter armas atômicas, tem mísseis modernos e precisos,que com certeza farão grandes estragos em Tel Aviv e outras cidades israelenses. Alguns especialistas dizem que a 5a. Frota Americana seria seriamente danificada pelos mísseis cruise iranianos lançados a partir das montanhas,levando os Estados Unidos a se envolverem na Guerra para acabar o serviço para Israel, que talvez não dê conta do recado sozinho, até pela distância. Outra quase certeza é se abriria outra frente de conflito a partir do Líbano, com o Hezbollah. E o Irã poderia destruir grande parte do complexo petrolífero da Arábia Saudita. Também instalações petrolíferas nos Emirados Árabes poderiam ser alvo dos mísseis iranianos. No conflito, Teerã - em torno de 8 milhões de hab. - seria arrasada pelos israelenses já nas primeiras bombas convencionais que atingissem Tel Aviv, pois Israel sempre tem retaliado desproporcionalmente. Um grande ataque ao Irã - com os Estados Unidos envolvidos - causaria comoção no mundo islâmico e poderia até alterar o curso da Primavera Árabe. Não seria impensável uma mudança no Governo do Paquistão, onde boa parte dos militares veladamente não gosta dos americanos. O Paquistão é uma potência atômica e tem mísseis não somente capazes de atingir muitas bases americanas como até a Europa. O Estreito de Ormuz seria fechado. É muito petróleo em jogo. Sem falar dos profundos interesses geo-políticos, econômicos e militares profundamente contrariados da Rússia e da China. O Irã não é o Iraque. Não seria um passeio fácil. Haveria consequências para todo o mundo. Tudo isso em meio à crise econômica sem precedentes desde a 2a. Guerra Mundial que atinge não apenas a Europa como aos Estados Unidos, que ainda patinam para relançar sua economia. Não é a toa que quase a metade da população responsável de Israel é contra o ataque.