sábado, 19 de novembro de 2011

Pros e contras

Com a autorização da Justiça Eleitoral para a realização da campanha no rádio e na televisão, as frentes pró e contra  a divisão territorial do Pará estão usando de todos os recursos permitidos para conseguir o voto do eleitorado no plebiscito do dia 11 de dezembro próximo. E nessa luta estão mobilizando inclusive artistas, jogadores e jornalistas. A frente contra a criação dos novos Estados do Tapajós e Carajás conseguiu o apoio das cantoras Fafá de Belém e Leila Pinheiro, da atriz Dira Paes e do jogador Paulo Henrique Ganso, do Santos, enquanto os que são a favor conseguiram um depoimento do jornalista Paulo Henrique Amorim. Não deixa de ser pitoresco, no entanto, para não dizer outra coisa, o depoimento de Fafá de Belém: "Há 55 anos nasci aqui em Belém do Pará e me orgulho de ser paraense. Quando eu canto pelo mundo é a voz do Pará que eu levo na minha garganta".  Quanta tolice! Ela não deixará de ser paraense mesmo que o Estado seja dividido. Todo paraense, obviamente, se orgulha de ser paraense, mas o orgulho não enche a barriga,  não dá educação e saúde e nem melhora as condições de vida dos paraenses que vivem isolados nos confins do Estado. Eles também não deixarão de ser paraenses mesmo que a região onde vivem forme um novo Estado. Fafá foi mais longe ao dizer que "a idéia da criação dos novos Estados é de pessoas de fora do Pará, que vieram para cá, ganharam dinheiro e agora querem poder".  Quanta bobagem! Muitos dos homens que realizaram um trabalho extraordinário em favor do Pará, ocupando inclusive os cargos mais importantres do Estado e dando enorme contribuição para o seu desenvolvimento, não eram paraenses mas se tornaram mais paraenses do que muitos nativos. É o caso, por exemplo, do acreano Jarbas Passarinho, do cearense Hélio Gueiros, dos maranhenses Antonio Lemos e De Campos Ribeiro e do potiguar Rodrigues Pinagé, que ficou conhecido como o "Príncipe dos Poetas Paraenses",  entre outros.

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