Amor bandido

A declaração pública de amor do ministro Carlos Lupi à presidente Dilma Roussef, durante uma audiência no Congresso, parece que não mudou muito a sua situação, pois a chamada Grande Imprensa não larga do seu pé. Descobriram agora que ele fez uma viagem para o Maranhão num avião fretado por uma ONG que tem convênio com o Ministério do Trabalho e ele transferiu a responsabilidade para seus assessores e para o PDT. Para completar, o deputado Miro Teixeira, do seu próprio partido, pediu a instalação de uma CPI para investigar a administração de Lupi. Embora não exista nenhuma prova contra ele, tudo indica que  vai seguir o mesmo caminho dos outros ministros que tiveram de deixar as pastas por iniciativa própria ou da Presidenta. Existem, pelo menos, duas fortes razões para a sua saída do Ministério do Trabalho: primeiro, suas desastradas declarações que ao longo do tempo vem provocando seu desgaste no Planalto e, segundo, o bombardeio da chamada Grande Imprensa que, a exemplo dos outros, não largará o seu pé enquanto não deixar o Ministério. Afinal, no Brasil de hoje qualquer denúncia veiculada na mídia, mesmo sem fundamento, já condena o denunciado.