Solidariedade

O subprocurador da República, Eugênio Aragão, em entrevista nesta quinta-feira, se solidarizou com a ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, que  recentemente disse que existem "bandidos que se escondem atrás de togas".  "Isso que ela apontou todo mundo sabe", disse, acrescentando que, como subprocurador da República junto ao STJ, atuou em vários casos de juizes que negociavam decisões.  "Estão tentanto limitar os poderes da Corregedoria Nacional - ele acentuou. - Isso é muito nefasto, porque a gente sabe muito bem que as corregedorias locais muitas vezes não tem independência suficiente para cortar na própria carne". Aragão também criticou os projetos de reajustes de salário do judiciário, dizendo que as carreiras mais valorizadas são as que tem muito poder de pressão sobre o Estado: juizes, policiais, Ministério Público, advogados públicos, etc. "Eles tem o poder de chantagear os poderes públicos", acrescentou. Enquanto isso, segundo ele, os professores, médicos, etc, são desprestigiados. E sugeriu: "Era melhor tirar esse lema Ordem e Progresso da Bandeira e colocar este outro: quem não chora não mama".  Esse Aragão parece que é da mesma cepa da ministra Eliana Calmon.