quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Royalties
O Senado aprovou na noite de quarta-feira a Lei 448/11, que fixa os critérios de distribuição dos royalties do petróleo para todos os Estados e municipios do país. O governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, indignado, classificou a decisão do Senado como "uma derrota da democracia". E disse acreditar que a lei será vetada pela presidente Dilma Rousseff, "porque ela obteve 70% dos votos do Rio". Dramático, Cabral chegou a dizer que com essa decisão "vai ser dificil realizar a Copa em 2014 e as Olimpíadas em 2016 e, também, pagar os aposentados e pensionistas". O governador paulista Geraldo Akmin foi menos dramático, dizendo esperar que a Câmara dos Deputados corrija as distorções e aprofunde o debate. E acrescentou: "Sou favorável à proposta encaminhada pelo ex-presidente Lula, que aumentava os repasses para Estados e municipios não produtores, mas de forma mais equilibrada". O pessoal dos Estados produtores de petróleo, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, não quer que o resto do país também usufrua dessa riqueza, como se o Brasil fosse só Rio, Espírito Santo e São Paulo. Cabral esquece que Dilma é presidenta de todos os brasileiros, e não apenas dos Estados produtores de petróleo. E faz terrorismo com essa história de que não poderá pagar aposentados e pensionistas. É muita ganância. Se a Câmara confimar a decisão do Senado eles já acenam com um recurso ao Supremo Tribunal Federal. Ou seja, essa briguinha ainda vai render.
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