domingo, 30 de outubro de 2011

Advertência

O ditador sirio Bashar al-Assad  advertiu o Ocidente de que uma eventual intervenção em seu regime pode provocar um "terremoto" na região. Em entrevista ao jornal britânico "Sunday Telegraph", Assad afirmou que se as forças ocidentais decidirem intervir na Siria, como fizeram na Libia, será criado um novo "Afeganistão". Mais do que uma advertência, a fala do ditador sírio parece mais um desafio, considerando as pressões internacionais por uma intervenção da OTAN para proteger os civis que estão sendo massacrados pelas forças de segurança de Assad. Segundo a ONU, mais de 3 mil civis, inclujsive muitas crianças, já foram mortos desde o inicio das manifesações contrarias ao regime de Bashar al-Assad. Na última sexta-feira dezenas de manifestantes foram mortos. O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o fim imediato das operações militares contra civis, mas Assad fez ouvidos de mercador. E agora?

Um comentário:

Anônimo disse...

Na Síria, o galo vai continuar sendo cozinhado em banho maria, ainda por cima em fogo brando. Vai continuar a hipocrisia da OTAN e dos Estados Unidos, apenas palavras e nenhuma ação militar - no máximo, mais sanções, que na verdade só impõem sacrifícios ao povo, e não ao Ditador. Em primeiro, porque o petróleo da Síria é insignificante para o mercado, e depois porque é muito cômodo para Israel - protegido da OTAN - contar com um ditador à la Mubarak, agindo com mão de ferro sobre a população e sem criar problemas para os israelenses, por medo decorrente de sua fraca capacidade militar. Assim, lamentavelmente, Assad continuará no poder e os dissidentes sendo massacrados, a perder de vista. Mas Assad tem razão em algumas coisas, uma intervenção lá é complicada, pois a rapaziada do Hezbollah, fortemente apoiada pela Síria, poderia despachar muitos foguetes contra Israel, abrindo duas frentes de conflito. Sem entrar no controverso mérito da questão árabe-israelense, parece que serão necessários mais 5.000 anos ainda para essa turma toda do Oriente Médio se entender, isso se Bibi não tropeçar e for sucedido por Avigdor Lieberman. . . Naquela região, os pacifistas são realmente uma minoria insignificante. É o ódio realimentando o ódio, por todos os lados.