quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Orlando na mira

A oposição brasileira, que não tem bandeira, está em festa com essa história de propina envolvendo o ministro Orlando Silva, dos Esportes. Como passa a maior parte do tempo sem fazer praticamente nada, a oposição fica alvoroçada toda vez que surge alguma denúncia envolvendo alguém do governo, mesmo que o denunciante não tenha idoneidade. Um policial, João Dias Ferreira, que em 2010 chegou a ser preso na Operação Shaolin, da Policia Federal, acusou o ministro Orlando Silva de receber propinas. E a revista "Veja", especialista em destruir reputações, deu crédito às acusações e o maior destaque, mesmo sem nenhuma prova. Resultado: como no Brasil é o acusado que tem de provar que é inocente (em toda parte é o acusador que tem de apresentar provas) o ministro, que tem nome de cantor,  já foi condenado antes de qualquer investigação ou julgamento, mesmo  predispondo-se a  dar qualquer explicação e pedindo que as denúncias sejam investigadas pela Policia Federal e Ministério Público. O policial acusador, que tem uma ampla casa em Sobradinho além de três academias de ginástica e vários carros, afirma que tem provas mas até esta quarta-feira não havia apresentado nenhuma. Ainda assim a oposição está lhe dando guarida e pedindo a cabeça do ministro. Se for provada a sua culpa é claro que Orlando Silva deve ser demitido do ministério e responder criminalmente pela ação fraudulenta. Mas até que isso aconteça é um absurdo linchá-lo publicamente com base apenas em acusações de um policial corrupto.

Um comentário:

escroto.cachorro@gmail.com disse...

Caro Ribamar,

Perfeitas suas observações.

Combater esse tipo de jornalismo-bandalheira que a VEJA faz é o que a oposição chama de censura.

"Querem calar a livre expressão do povo brasileiro" e frases mais hipócritas ainda são ouvidas nos terreiros das viúvas xexelentas do Serra e FHC.