quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Magistrados divididos
A decisão da Associação dos Juizes Federais do Brasil (Ajufe) de paralisar as atividades da Justiça Federal no dia 30 de novembro e realizar, até lá, uma "operação padrão", retendo todos os processos de interesse da União, para pressionar o governo federal a reajustar os salários dos juizes, está dividindo as entidades de magistrados do país. O presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Nelson Caladro, por exemplo, disse que não apoia a decisão porque tal ação pode criar dificuldades financeiras para o governo federal, já que estarão em jogo R$ 700 bilhões. Na sua opinião, o melhor é negociar com o Congresso Nacional. A ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ, disse que a paralisação é um equívoco, que "acabará causando grandes poblemas aos jurisdicionados". Por sua vez, o presidente da OAB, Ophir Cavalcanti, disse que a paralisação não tem sentido, pois os juizes tem o dever constitucional de julgar os processos. Já o presidente do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal, Allan Nunes, não apenas criticou a Ajufe como, também, ameaçou processá-la por prevaricação. "Eles não estarão prejudicando apenas a União - disse Nunes - mas a sociedade como um todo". Na verdade, é inacreditável que juizes federais, cujos salários estão acima de R$ 20 mil, queiram prejudicar um país para obter vantagens salariais, ignorando o seu dever constitucional.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário