quinta-feira, 25 de abril de 2013
Superlegislativo dois
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar ao mandado de segurança impetrado pelo senador Rodrigo Rollemberg, líder do PSB no Senado, suspendendo a tramitação do projeto de lei que limita a transferência de tempo de propaganda no rádio e TV e os recursos do Fundo Partidário para os novos partidos em formação ou nascidos de fusões. O projeto, em tramitação no Senado, já foi aprovado pela Câmara Federal. A decisão reforça os argumentos do deputado piauiense Fontelles, autor da Proposta de Emenda Constitucional, já admitida pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, que reduz os poderes do STF. O parlamentar argumentou que a PEC tem por objetivo restaurar o equilibrio entre os poderes, pois o Supremo, segundo ele, se transfornmou num superlegislativo, arrogando-se atribuições privativas do Legislativo. A PEC foi criticada pelo próprio ministro Gilmar Mendes e, também, pelo seu colega Marco Aurélio Melo, que chegou a ver nela sinais de retaliação. Agora vejam se o deputado piauiense não tem razão: como pode apenas um homem mudar decisões de um colegiado de outro poder legitimado pelo voto popular? Na verdade, se alguma coisa não for feita, melhor seria mesmo fechar o Poder Legislativo e deixar ao STF a tarefa de legislar.
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Um comentário:
A coisa tá feia. Vejam o que copiei de um outro blog que retira e publica palavras do colunista Giba Um;
"... ao Supremo é dado o direito legal de convocar as Forças Armadas para entrar em campo, se houver desobediência a sentença da Corte."
Isso chama-se golpe, e os caras falam na maior cara de pau.
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