domingo, 7 de agosto de 2011
Que poder é esse?
É surpreendente o silêncio que se abateu sobre a imprensa e os políticos acerca dos problemas enfrentados por aposentados e pensionistas do Banco da Amazonia, como consequência da ação terrorista desenvolvida pelo próprio Banco e pela Caixa de Previdência Complementar (Capaf), com o objetivo de implantar um plano que só oferece prejuizos aos velhinhos. Ninguém diz nada, nem mesmo parlamentares que se dizem da oposição. Será que entre os milhares de aposentados, pensionistas e funcionários da ativa não existe nenhum parente ou amigo de parlamentar? Será que não existe nenhum parlamentar que leve o problema ao plenário do Legislativo? Será que não tem ninguém que consiga levar o problema ao conhecimento da presidente Dilma Roussef? De onde vem tamanho poder da atual diretoria do Basa, à frente Abdias Junior? Será que são os rios de dinheiro que o Banco despeja na imprensa, mediante o patrocinio de programas e publicidade ostensiva? E os parlamentares, será que estão presos ao Banco por empréstimos não pagos? Será que o TCU não vai examinar a aplicação desses recursos, inclusive na confecção de panfletos para aterrorizar os velhinhos? Será que o Abdias é tão forte que ninguém consegue tirá-lo da presidência do Banco? Ou tão esperto ao ponto de silenciar não apenas uma região, mas um país? A que preço? Massacrar aposentados e pensionistas vale tão alto custo? Ainda bem que existe uma Justiça Trabalhista em quem se pode confiar. E a Justiça Divina.
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3 comentários:
Meu caro Ribamar,
Sobre essa questão, tentei postar artigo no Liberal e Diário, na coluna dos leitores. Passei por e-mail e fui levar pessoalmente o artigo, obedecendo todas as condicionantes estabelecidas, mas nenhum deles publicou. E aí digo o mesmo que você: que poder é esse? E acrescento mais: estamos ou não em um país que adota o estado democrático de direito? A mídia, de um modo geral, apesar dos anos decorridos, continua ou não sob censura? O que está por trás desta descomunal campanha de adesão aos novos planos, promovida pela dupla BASA/CAPAF?
Observe o que está escrito na cartilha de convencimento à adesão ao novo plano: alcançando 95% de adesão, os que não aderirem sairão do plano, recebendo sua reserva matemática após aprovação pela PREVIC, e as ações judiciais serão paralisadas. Veja que o BASA e a CAPAF estão se sobrepondo ao Poder Judiciário. Pode? Nos últimos comunicados já não falam em 95% mas em um contingente atuarialmente possível. Há rumores, não desmentidos, que o novo plano será fechado com o mínimo de 60% e os que não aderirem sairão do plano, nas mesmas bases supracitadas.
O que isto significa? Que a ação do Maranhão, em fase de execução, no valor não atualizado em torno de R$ 1,3 bilhão, não terá mais sentido, pois o déficit todo acabou “sumindo”, objeto daquela ação; que a ação de São Paulo, em fase processual, também para por aí, sem objeto; que as milhares de ações individuais também não terão mais nenhum sentido, já que os direitos pleiteados não mais existem; que a responsabilidade civil e criminal do BASA e da CAPAF não se configuraria, pois os que aderiram resolveram pagar a conta, assumindo todos os riscos dessa empreitada, inclusive a responsabilidade pela falência do novo plano, pois o mesmo não tem garantias.
Observe que a estratégia do BASA e da CAPAF é bastante criativa, disso não posso negar, pois somente com uma paulada enterram os problemas que lhes afligem e repassam aos aderentes suas responsabilidades. Não é uma jogada espetacular? Os participantes que se lixem, é o que se pode aduzir.
José Roberto Duarte
e-mail: robertoduarte2@oi.com.br
Meus caros Roberto Duarte e Ribamar Fonseca:
Já é indiscutível a verdadeira intenção do Banco da Amazonia: livrar-se das amarras do Plano BD e, na mesma tarrafada, jogar ao relento os sobreviventes que estão sob sua responsabilidade.
Acredito que direitos não sejam simplesmente retirados, por mais espetacular que sejam os artíficios utillizados. O contrato é um ato jurídico perfeito e não pode ser modificado e é a garantia contra qualquer mudança unilateral.
Nós, da Portaria 375/69, não estamos sujeitos às leis posteriores e muito menos a qualquer jogada suja por parte do BASA. Como dizia o Zagalo: ele vai ter que nos engolir.
E se implantarem outro plano com número não ideal, estarão criando o AMAZONVIDA II, ou seja, mais problemas. Como sempre, estarão atacando os efeitos e não as causas.
Os aposentados não devem temer decisões judiciais que lhes venham tirar direitos.
Meu medo reside na possibilidade de o caso entrar para aqueles infindáveis processos jurídicos que se arrastam por muitos anos. O BASA sabe disso. E vai empurrar com a barriga cheia de desonestidade até enquanto puder ou morrerem todos os velhinhos. Cuja expectativa de vida é de +17 anos, segundo cálculos da Deloitte.
Por isso, sou levado a acreditar que estou valendo mais morto que vivo, para o BASA.
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