domingo, 19 de janeiro de 2014

Rolezinho??

Depois da moda das manifestações de rua do ano passado, em que vândalos mascarados promoviam a destruição de patrimônios públicos e privados - com direito a calendário das manifestações publicado pela chamada Grande Imprensa – a moda agora é o chamado “rolezinho”, um novo movimento articulado através das redes sociais, com nítido componente político, para provocar o caos no país em ano eleitoral. E o mais grave: a grande maioria dos formadores de opinião, incluindo blogueiros, embarcou nessa onda, acusando os shoppings de “preconceito” e “racismo” porque querem impedir os inocentes “rolezinhos”, na verdade verdadeiros arrastões que causam prejuízos a todo mundo, inclusive aos trabalhadores das lojas. Engrossando o coro de vozes dos que, com uma visão vesga, enxergam repressão na tentativa de impedimento dos “rolezinhos” inocentes nos shopings, o psiquiatra Eliseu de Oliveira disse a um jornal que “o movimento busca o reconhecimento da liberdade de freqüentar shoppings”. Quanta bobagem! Nunca vi nenhum shopping impedir a entrada de qualquer pessoa negra ou com aparência de pobre ou mesmo ser seguida por seguranças. No momento, porém, em que as pessoas se organizam – sejam negras, pobres ou ricas – para entrar num shopping ou qualquer outro prédio público ou privado em bandos, às centenas, deixou de ser um “rolezinhio” para ser um arrastão e os proprietários tem todo o direito de defender seu patrimônio. Talvez por isso a convocação, através das redes sociais, para um “rolezinho” neste final de semana nos shoppings do Rio de São Paulo redundou em fracasso. Pensar de modo diferente é burrice ou atitude deliberada para lançar lenha na fogueira.

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