quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
A verdade
Com o título de "A Verdade, Nada Mais que a Verdade", o deputado João Paulo Cunha, um dos condenados no julgamento do chamado mensalão, distribuiu uma revista entre os seus colegas da Câmara Federal contestando, de forma didática, as acusações e criticando o comportamento passional do ministro Joaquim Barbosa. Em pronunciamento da tribuna da Casa, na quarta-feira, ele desafiou o presidente do STF a provar o crime de peculato pelo qual foi condenado. "Não há um real de desvio e eu pago por um peculato", disse. Ele lembrou que o ministro apontou como desvio os recursos que veículos de comunicação, como a Globo, Folha e Editora Abril, pagaram de comissão à agência de Marcos Valério, por conta de contratos com a Câmara Federal que não foram assinados por ele, mas pelo então deputado Aécio Neves, quando presidiu aquela Casa."O ministro Joaquim Barbosa tem de dizer o que foi que eu desviei", acrescentou. Por sua vez, a propósito do mensalão, o renomado jurista Dalmo Dallari, em entrevista ao jornalista Eduardo Guimarães, disse que os gastos públicos com a prisão e transferência para Brasília dos condenados na ação 470 deveriam ser ressarcidos aos cofres públicos por quem ordenou, no caso o ministro Joaquim Barbosa, por terem sido desnecessários. Ele disse ainda que a teoria do domínio do fato tem "origem nazista" e que os réus do mensalão "já estavam condenados antes de começar o julgamento". Diante dessas manifestações constata-se o seguinte: Dizia-se antigamente que "decisão judicial não se discute, cumpre-se". Depois do episódio do julgamento do chamado mensalão nunca se questionou tanto uma decisão judicial. Por que será??
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