sábado, 15 de setembro de 2012

Guerra santa aqui

A eleição para a prefeitura da capital paulista está se transformando numa "guerra santa", com prejuízos maiores para o líder das pesquisas de intenção de votos, Celso Russomano, candidato do PRB, acusado de fazer parte de um projeto de poder do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal. A arquidiocese de São Paulo, através de nota divulgada na última sexta-feira, acusa o presidente do PRB paulista, pastor Marcos Pereira, coordenador da campanha de Russomano, de fomentar discórdias e "outros destemperos" contra os católicos. Em entrevista ao "Estadão", o presidente na CNBB disse que "não se pode instrumentalizar a religião para angariar votos", acrescentando que "no mundo democrático não cabe à igreja assumir papel político". O candidato do PT, Fernando Haddad, por sua vez, acusa seus adversários de pretenderem fazer uma "guerra santa" na capital paulista, estimulando uma intolerância religiosa que não tem precedentes na história do Brasil. Enquanto isso José Serra, já ameaçado de não disputar o segundo turno e meio no desespero, afirma que José Dirceu, réu do mensalão, é o "guru" de Haddad, numa tentativa para tirar votos do candidato petista. Provavelmente vai malhar em ferro frio, porque todo mundo sabe que o "guru" de Haddad é o ex-presidente Lula. De qualquer modo, é fácil perceber que a disputa pela prefeitura paulista, que certamente terá reflexos nas eleições governamentais e presidenciais de 2014, esquenta à medida em que se aproxima a data do pleito. E nesta reta final, essa "guerra santa" pode causar sérios problemas à pretensão de Russomano de conquistar a prefeitura de São Paulo.

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