quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pena de morte

Não teve jeito: apesar dos apelos do mundo inteiro, até do Papa Bento XVI, o americano Troy Davis, de 42 anos, foi executado na penitenciária de Jackson, na Geórgia, Estados Unidos, aos primeiros minutos desta quinta-feira, com uma injeção letal.  Ele passou 22 anos no corredor da morte, acusado do assassinato de um policial,  mas até hoje não havia uma prova consistente contra ele, pois as testemunhas que o acusaram inicialmente -  e que foram decisivas para a sua condenação à morte - voltaram atrás e a arma do crime nunca foi encontrada. O último apelo, feito à Corte Suprema dos Estados Unidos, foi negado. Decepcionante foi a posição do presidente Barack Obama que, solicitado a conceder o perdão, tirou o corpo fora dizendo que não poderia interferir. O azar de Troy Davis é que ele era negro e o policial assassinado branco. Ou seja, apesar da surpreendente vitória de um negro para a presidência dos Estados Unidos, o racismo ainda continua arraigado entre uma considerável parcela do povo americano.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca vi um país tão hipócrita, cínico e amoral como os USA: fazem a mesma coisa que condenam no Irã e na China. O Yemen e a Arábia Saudita também tem pena de morte, mas não recebem críticas dos USA, o primeiro por ter um títere deles no poder e o segundo por ter petróleo. Como se vê, estão em boa companhia.