Divisão esquenta

A briga no Pará em torno da divisão do Estado com a criação dos Estados do Tapajós e Carajás começa a esquentar, faltando  cerca de três meses para o plebiscito, marcado para o dia 11 de dezembro. A frente contrária à divisão, liderada pelo deputado Zenaldo Coutinho, parece estar mais ativa ou, pelo menos, aparenta ter  melhor cobertura da imprensa. Com manifestações organizadas em todos os municipios, os contrários pretendem sensibilizar o eleitorado para impedir a divisão. Só não entendo esse negócio de que "estão defendendo a população do Pará". Defesa contra o quê ou contra quem? Até onde é possivel entender a proposta de criação dos dois Estados não é contra ninguém,  mas a favor da população onde se situam. Para quem reside  em Belem ou em municipios com boa infra-estrutura e mais perto da capital  é muito cômodo ser contra. Quem mora lá nas regiões previstas para os dois Estados, sem infra-estrutura compativel e distante de tudo e de todos, é que sabe das suas necessidades.