sábado, 2 de abril de 2011

Saúde ou doença?

O progama "Globo Repórter" da TV Globo denunciou, sexta-feira passada, a situação caótica da saúde pública no Brasil, mais precisamente  no setor de atendimento de urgência e emergência. A reportagem mostrou imagens dos prontos socorros em várias cidades, incluindo Brasilia, Belém e São Luis, com pacientes amontoados em macas nos corredores e até no chão.  Parecia cena de guerra, segundo observou a própria repórter. Falta médicos, falta espaço, falta estrutura, falta vergonha. O secretário de Saúde de São Luis, Gutemberg Araujo,  justificou a situação dizendo que o problema é o número de pacientes que chegam do interior, encaminhados pelos médicos de lá. "O que fazer? - ele perguntou. - Devolvê-los para o interior ou atendê-los mesmo em macas nos corredores?" Na verdade, vários fatores concorrem para essa situação, entre eles a precariedade dos hospitais do interior dos Estados (os médicos por isso preferem mandar os doentes para a capital); a falta de unidades de urgência e emergência do governo do Estado; a insuficiência de médicos; instalações precárias e falta de fiscalização da aplicação dos recursos públicos destinados à Saúde. E o que se vê nos prontos socorros é uma agressão aos direitos humanos. Hoje quem não tem condições de pagar um plano de saúde, cada dia mais caro,  está condenado a sofrer e morrer na saúde pública.

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