A recusa do Banco da Amazonia e da Caixa de Previdência Complementar do Banco (Capaf) em cessar o assédio aos aposentados e pensionistas para migrarem para o novo plano e, também, em pagar todo dia 23 de cada mes os benefícios devidos aos participantes, incluindo o 13º salário, provocou o fracasso da reunião de conciliação realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho, 9a. Região, sediado em Belém, terça-feira passada. Após três horas de debates o Basa e Capaf sequer aceitaram a proposta de conciliação feita pelo presidente do tribunal, Dr. José Maria Alencar Quadros, muito menos as reivindicações da Associação de Aposentados e Pensionistas do Basa (Aaba). O corregedor Sérgio Rocha conduziu o processo de mediação. Participaram da reunião representantes do Ministério Publico do Trabalho e os juizes da 8a. e 9a. Varas do Trabalho de Belém, além de representantes do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Sindicato dos Bancários do Maranhão, da Aaba e da Associação dos Empregados da Ativa (Aeba).
O Basa defendeu o novo plano de previdência da Capaf, alegando que já possui mais de 50% de adesão do total de participantes da Caixa, comprometendo-se a liberar R$ 1,2 bilhão para o novo plano, mas impondo vários condicionamentos.A Aaba defendeu o aporte dos R$ 1,2 bilhão mas dentro do plano atual, afirmando ainda que os aposentados não abrem mão das ações judiciais. O Ministério Público do Trabalho questionou a adesão ao novo plano, registrando a não concordância dos aposentados com as novas regras. E o Tribunal fez a seguinte proposta: a) -o Basa deve apresentar definitivamente a minuta do novo plano de Previdência; b) - o Basa e a Capaf devem cumprir as liminares recem concedidas em favor dos trabalhadores; e c) - o Basa e a Capaf não emitem, em 30 dias, nenhum comunicado referente à pré-adesão, ou seja, não devem pressionar os participantes. O Basa e a Capaf se mostraram intransigentes e rejeitaram a proposta do Tribunal.
Diante disso, até a reunião do próximo dia 28, quando deverá ser prolatada a sentença, tudo indica que o Basa e Capaf deverão prosseguir na ação nazista para pressionar aposentados e pensionistas a aderirem ao novo plano. E provavelmente não pagarão no dia 23 os benefícios referentes a abril. Além do comportamento nazista do Basa e Capaf, o que mais surpreende é o silêncio da imprensa e dos políticos da região amazônica sobre o problema. As notícias sobre o fato, por isso, estão circulando apenas na Internet, através de blogs e do twitter. Cadê a liberdade de imprensa? Cadê os representantes do povo?
quinta-feira, 7 de abril de 2011
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