Massacre de crianças

Um jovem de 23 anos, Wellington Menezes de Oliveira, armado com dois revólveres calibre 38, entrou na manhã desta quinta-feira na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, Rio de Janeiro, e matou 11 crianças de 12 a 14 anos e feriu outras 13.  Nunca, na história do Brasil, havia acontecido brutalidade semelhante, até então só registrada  nos Estados Unidos e na Alemanha. O assassino, que se matou depois de baleado pelo sargento PM Marcio Alves, é ex-aluno da escola, não tinha antecedentes criminais e deixou uma carta maluca pedindo que seu corpo fosse lavado, enrolado num lençol branco por "mãos puras" , colocado num caixão e sepultado ao lado do túmulo da sua mãe. Na carta ele não explica os motivos da sua ação, mas fica claro a  intenção de matar-se após o massacre. O sargento Márcio contou que estava numa blitz às proximidades da escola quando foi chamado por dois alunos feridos. Quando viu o assassino de armas em punho já subindo para o terceiro andar da escola (ele matou as crianças no segundo andar) disparou contra ele, atingindo-o na perna. O sujeito caiu na escada e, em seguida, se matou com um disparo na cabeça. Especialistas acreditam que Wellington tinha treinamento com armas pois recarregou as armas várias vezes (ele deu mais de 100 tiros) e atingiu todas as crianças na cabeça e no tórax. Alguns dos sobreviventes informaram que logo no inicio dos disparos pensaram que fosse uma brincadeira e só se deram conta da realidade  quando viram o sangue. As dez crianças mortas são 10 meninas e um menino. Dos 13 feridos, cinco estão em estado grave. Cenas de desespero dos familiares foram exibidas pela TV. O governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes estiveram presentes na escola e a presidente Dilma Roussef, que chorou ao saber da tragédia, decretou luto oficial de três dias no país. O Brasil inteiro se emocionou com o trágico acontecimento, que teve repercussão também no exterior. Agora, fica no ar a pergunta: o que leva um jovem a semelhante massacre de crianças inocentes?