No livro "Agonia das Religiões", escrito ha alguns anos, o autor, J. Herculano Pires, desenhou praticamente um retrato de Wellington Menezes de Oliveira, o jovem perturbado que no dia 7 deste mes matou a tiros 13 estudantes e feriu outros 11, numa ação brutal na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, Rio de Janeiro, e cuja personalidade doentía continua, até agora, envolta em mistério. No capítulo XIII, sob o título "O Problema da Violência", diz o autor:
"A violência do homem civilizado tem as suas raizes profundas e vigorosas na selva. O Homo brutalis tem as suas leis: subjugar, humilhar, torturar, matar. O seu valor está sempre acima do valor dos outros. A sua crença é a única válida. O seu modo de ver o mundo e os homens é o único certo. O seu Deus é o único verdadeiro. Só o que é bom para ele é bom para a comunidade. Os que se opõem aos seus designios devem ser eliminados pelo bem de todos. A violência é o seu método de ação, justificado pelo seu valor pessoal, pela sua capacidade única de julgar. Tece ele mesmo a trama de fogo do seu futuro nas encarnações dolorosas que terá de enfrentar. As religiões da violência fizeram de Deus uma divindade implacável e os livros básicos de suas revelações estão cheios de homicidios e genocídios em nome de Deus".
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário