terça-feira, 25 de junho de 2013
Reforma política
A oposição não gostou da proposta da Presidenta Dilma Roussef para a realização de um plebiscito popular sobre a reforma política. E, como é óbvio, os principais líderes oposicionistas ouvidos, entre eles o candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, criticaram a proposta, sob o argumento de que não há necessidade de plebiscito, nem de Constituinte, porque a decisão cabe ao Congresso Nacional. Ocorre que a reforma política está no Congresso desde o governo FHC e até hoje não avançou um milímetro porque, evidentemente, contraría os interesses dos próprios parlamentares. Considerando que ninguém mais acredita nos políticos, nem mesmo os próprios congressistas, conforme afirmou recentemente o senador Pedro Simon, a melhor maneira de garantir a realização da reforma é através da pressão popular. Aliás, o ministro Joaquim Barbosa,presidente do STF, já disse que quando um poder não ocupa o seu espaço vem outro e o ocupa. A propósito, o "Jornal do Brasil" on line, em editorial, diz sobre a reforma política o seguinte:
"A presidente Dilma Rousseff, ao propor um plebiscito para a reforma política, além de surpreender a todos lançando mão de um instrumento que prevê ampla participação popular, jogou luz sobre o jogo político e acabou com as ações veladas das elites que queriam se apropriar das manifestações das ruas nos últimos dias. A oposição reclamou da proposta e já vem afirmando que um plebiscito para discutir reforma política seria inconstitucional. No entanto, nem todos os juristas e ministros do Judiciário concordam com essa posição."
Mais adiante diz o JB que "o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora tenha sido tratado com deferência pelo governo e ser consultado com antecedência sobre a proposta, disse, num primeiro momento, que concordava com uma reforma política ampla, mas não com plebiscito. O cheiro de povo nunca adentra aos luxuosos apartamentos de Higienópolis porque incomoda. Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, também reclamou da forma como foi proposta a discussão sobre a reforma política."
O editorial do JB conclui: "Se havia críticas a Dilma pela sua falta de jogo de cintura, a presidente provou que está disposta a rebolar como passista de escola de samba ao encarar uma consulta popular. Já os que são contrários a essa ampla participação estão temerosos e começam a buscar uma saída, tendo como argumento a inconstitucionalidade de uma constituinte exclusiva. Seria medo? O fato é que a proposta de Dilma foi uma verdadeira jogada de “mestra”.
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