sexta-feira, 21 de junho de 2013
O que querem?
Cresce no país a indignação contra a onda de violência que se tornou rotina nas manifestações de protesto em todas as cidades, com a depredação do patrimônio público e privado e o saque a estabelecimentos comerciais. Pessoas que até então apoiavam os protestos já começam a mudar de opinião, principalmente depois das duas mortes registradas. Parece, no entanto, que o bom senso até agora só chegou ao Movimento Passe Livre, de São Paulo, que começou o protesto contra o aumento das passagens de ônibus. Um dos seus líderes, o professor de música Rafael Siqueira, informou nesta sexta-feira que o MPL decidiu suspender as manifestações, não apenas porque seu objetivo foi alcançado - a revogação do aumento das tarifas - mas, também, porque "grupos conservadores de direita se infiltraram nas manifestações para defender propostas que não nos representam". Ele também condenou as agressões a militantes de partidos políticos, afirmando que "eles devem também ter garantia para participar das manifestações". Interessante é que uma repórter da TV Globo, ao entrevistar outro líder do MPL no jornal "Hoje" e ouvir dele a mesma justificativa para a suspensão das manifestações, se mostrou surpresa e indagou: "E as outras pautas, como corrupção e a PEC 37?" O rapaz respondeu: "Isso é outra história, que não está dentro da pauta do MPL". A repórter, pelo visto, quer mais manifestação. E não é só ela. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil também parece que quer ver o circo pegar fogo, pois em nota divulgada nesta sexta-feira, assinada pelo Cardeal Raymundo Damasceno, a CNBB não apenas manifesta apoio às manifestações como, também, estimula a participação dos católicos nos protestos além, é claro, de repudiar a violência. O pitoresco é que apesar desse estimulo, diz que "cabe ao Estado garantir a segurança e tranquilidade de todos aqueles que vão participar da Jornada Mundial da Juventude".
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