sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Suspeitos

O COAF, órgão de controle financeiro do Ministério da Fazenda, revelou em relatório recentemente divulgado que 3.426  magistrados  e servidores do Judiciário fizeram movimentações financeiras consideradas atípicas envolvendo R$  855 milhões entre os anos de 2000 e 2010. O documento, ao qual teve acesso a "Folha de São Paulo", mostrou muitas situações suspeitas, entre elas as de três pessoas vinculadas ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo e ao Tribunal de Justiça da Bahia, que movimentaram R$ 116,5 milhões em apenas um ano. O documento,que revela sem citar nomes que houve depósitos de R$ 77 milhões nas contas dessas pessoas, foi encaminhado pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, ao Supremo Tribunal Federal. Quase ao mesmo tempo a "Folha" informou que o desembargador Roberto Bellocchi aprovou para si próprio, quando presidia o Tribunal de Justiça de São Paulo, um pagamento milionário de R$ 1,5 milhão. Foi o maior benefício pago a um único desembargador. O atual presidente do tribunal paulista, desembargador Ivan Sartori, por sua vez, baixou ato esta semana fixando o prazo de 30 dias para que os magistrados entreguem as suas declarações de renda e de bens. A determinação, que foi publicada no Diário Oficial da Justiça desta quinta-feira, atinge principalmente os magistrados que não entregam o documento há mais de 5 anos e que não foram punidos, o que provocou uma investigação do CNJ. A determinação certamente já é decorrente da ação do CNJ.

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