segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ainda a crise na Justiça

Os presidentes dos Tribunais de Justiça do país, reunidos em Teresina à semana passada.divulgaram carta não apenas apoiando a limitação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça como, também, atribuindo a crise no Judiciário a uma pressão política dos réus do mensalão. A opinião pública recebeu a informação como uma piada. O jornal "O Estado de São Paulo" de domingo dedicou todo o seu espaço destinado ao leitor, o "Fórum do Leitor", para seus comentários, entre eles: "Não são somente os políticos que tramam contra o STF. É, sim, toda a sociedade brasileira",  disse um deles, enquanto outro afirmava:"Essa teoria conspiratória do mensalão beira o insano. Não é difícil fazer justiça: colham as provas e apliquem a letra da Lei". Outro:"Depois da  divulgação dos salários de alguns juizes do Rio de Janeiro dá para começar a entender porque tanta rejeição ao CNJ". O ministro Marco Auirélio Mello, no entanto, não está preocupado com o que pensa a opinião pública. Em entrevista ao "Estado de São Paulo" ele afirmou que o STF tem de atuar de forma independente, não se curvando a pressões e ao clamor público. "Vamos atuar pouco importando o aplauso ou a crítica", acrescentou. Nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, primeiro dia de sessões do Supremo depois do recesso, será votado o mérito das liminares concedidas pelo próprio ministro Marco Aurélio e pelo seu colega Ricardo Lewandowski que esvaziaram os poderes do CNJ. Um dia antes, nesta terça-feira, será realizada em Brasilia uma manifestação favorável ao fortalecimento dos poderes do Conselho. O Brasil está de olho.

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