segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Discriminação

Do aposentado Cândido Leal Messias, do Banco da Amazônia, recebo a seguinte nota, que subscrevo integralmente: "Quando os bancos promovem seu marketing em cima de produtos e serviços para clientes não costumam separá-los por classes. Até porque, como diz um brocardo popular - "dinheiro não tem pátria nem cor". E os bancos lucram cada vez mais emprestando dinheiro para os seus clientes, em "suaves" prestações mensais. Há casos em que o cliente também sai satisfeito porque pode dispor de um S.O.S básico para despesas emergenciais, pagar dívidas, etc. Mas no Banco da Amazônia está ocorrendo uma situação inusitada: eles anunciam no painel dos caixas eletrônicas a antecipação do 13º salário para clientes, mas não especificam se há alguma exceção. Quando, porém, o aposentado do Basa/Capaf vai solicitar esse produto ouve uma resposta curta e grossa do gerente: "infelizmente o sistema não liberou essa opção de crédito para aposentados." Não adianta argumentar que os clientes de um banco, em princípio, deveriam ter os mesmos direitos desde que cumpram com suas obrigações. Não adianta também invocar o Estatuto do Idoso, que prescreve com todas as letras "que o idoso não deve ser submetido a maus tratos ou tratamento discriminatório". O sistema não costuma se sensibilizar com essas filigranas de ordem legal. A diretoria do Banco da Amazônia, em tese composta de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) continua tratando os aposentados da CAPAF com sucessivas retaliações devido a não terem aderido em peso aos Planos Saldados da CAPAF, que suprimia direitos e atropelava sonhos de uma vida mais digna na velhice. A antecipação da primeira parcela do 13º, consagrada pelos usos e costumes por mais de 40 anos, também foi suspensa para aposentados desde a intervenção na CAPAF, decretada em 2011. Diferenças do reajuste salarial de setembro também não são pagos aos aposentados na data paga aos funcionários da ativa, numa escandalosa discriminação. Enquanto isso, a Ação impetrada pela AABA para garantir os direitos de aposentados e pensionistas já foi vitoriosa em todas as instâncias da Justiça Trabalhista, até no TST, mas a PREVIC (órgão do governo federal que supervisiona os Fundos e Pensão) já anunciou a disposição do governo em remetê-la "aos costumes" , ou seja, insistir em recursos meramente protelatórios ao STF para ver se lá ela possa ser esquecida nos porões com milhões de outros processos até que todos os aposentados e pensionistas possam morrer e com eles sua esperança e seus sonhos. Será que o senador Paulo Rocha, que honrando suas origens como trabalhador gráfico, sempre defendeu o lado dos trabalhadores, inclusive como atuante dirigente sindical e fundador da CUT - não pode se interessar pela causa dos aposentados do Banco da Amazônia, que estão sendo massacrados pela diretoria indicada pelo Partido dos Trabalhadores, através de mesquinhas atitudes de retaliação e vingança ? Posso garantir que foram muitos os aposentados do Basa que votaram em Paulo Rocha. Bem que ele agora poderia dar uma "forcinha" aos velhinhos do Basa, rechaçando essa postura autocrática da atual diretoria do Banco da Amazônia e conseguindo , através de negociações em Brasília, que a PREVIC desista dessa postura arrogante e boçal de recorrer de causas perdidas, apenas aumentando o passivo trabalhista a ser um dia liquidado de qualquer maneira , com maiores prejuízos para o governo federal e para o Basa".

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