quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Complexo

Todas as vezes que perde no voto, a oposição no Congresso Nacional recorre ao Supremo Tribunal Federal, como se este fosse o poder maior do país. Primeiro foi o PSDB, através do deputado Carlos Sampaio, que entrou com ação no STF contra a aprovação, pela Comissão Mista do Orçamento, do projeto do governo que altera a LDO para aumentar o abatimento da meta de superávit para este ano. Agora foi a vez dos demais partidos que formam a oposição. A iniciativa dos oposicionistas confirma a suspeita de que os próprios parlamentares se sentem inferiorizados diante do Judiciário, embora a Constituição Federal estabeleça que os poderes “são independentes e harmônicos entre si”. Certamente por isso, volta e meia um único ministro do Supremo, com apenas uma canetada, derruba decisões do Congresso Nacional. Diante disso, talvez fosse mais prático – e mais econômico para os cofres da nação – que se extinguisse o Legislativo e se deixasse ao Judiciário a tarefa de legislar. Se evitaria todo esse barulho dos parlamentares em torno de qualquer coisa que contraríe os seus interesses, porque, na verdade, eles estão mais preocupados consigo mesmos do que com os interesses da nação.

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