quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Mundo virtual

O mundo evoluiu nas últimas décadas, de maneira extraordinária, em diversos setores como, por exemplo na Medicina, nos transportes, nas comunicações - alavancadas pela Internet - etc, mas involuiu em outros aspectos, como no conteúdo dos veículos de comunicação de massa, especialmente no Brasil. A imprensa brasileira, antes do advento da televisão, primava pelo "furo" e pelas grandes reportagens, com os veículos competindo para ver quem melhor informava. E todos "brigavam" pela conquista do Prêmio Esso de Reportagem, o maior galardão na época. Quando surgiu a televisão a imprensa escrita encontrou uma fórmula inteligente para não perder leitores: no dia seguinte aos grandes acontecimentos nacionais e internacionais, já divulgados exaustivamente pela TV, publicavam um histórico completo sobre os antecedentes do fato e uma análise sobre as consequências futuras, oferecendo ao leitor um quadro completo do acontecimento. Hoje mudou para pior: em primeiro lugar deram prioridade para o setor industrial (o jornal de domingo circula no sábado e os fatos desse dia passaram a ser divulgados na segunda-feira); não houve mais preocupação com a apuração do fato, a precisão da informação e, muito menos, com a sua isenção. E os jornais passaram a ser políticos, deixando de fixar posição nos editoriais para revelar-se tendenciosos no noticiário. Por isso estão perdendo credibilidade. E só não ficamos mal informados porque a Internet se transformou no grande veiculo de comunicação. Como resultado natural dessa postura já se observa uma tendência para o desaparecimento dos jornais escritos e o crescimento dos jornais virtuais. Esse é o futuro das comunicações.

2 comentários:

O. Alencar disse...

Caro Jornalista Ribamar Fonseca,

Vc fez um relato completo e honesto sobre os meios de comunicação utilizados hoje em dia pela (dita) grande imprensa. É aí que começa o pavor da VEJA, Folha de Sumpaulo, Grobo, Estradão et caterva, a também chamada GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão). A imprensa, além da politicagem, dos factoides, do partidarismo descarado, quer muito dinheiro. E por dinheiro se faz tudo ali. Mas isso tende a acabar, mesmo que a lei de mídia não entre em vigor. Demorará, por causa da ignorância do povão, que não lê jornal mas interpreta a seu modo (como os jornalecos querem) as manchetes sensacionalistas e os textos comprados, plantados e dirigidos, sempre em busca de notoriedade, aquela que traz leitores desavisados a crerem que isso é a mais pura verdade. Até que essa informação se transforme em fato, vai o tempo suficiente para se perpetuar na mente ingênua e despreparada de leitores analfabetos funcionais, que acreditam imediatamente em tudo que leem (gente assim, sabe-se, não está preparada para receber e interpretar notícia nenhuma).
Todo os dias dou uma rápida leitura em alguns textos produzidos por "colunistas" vendidos da Folha e de O Globo. Apenas para poder contestar "verdades" absolutas divulgadas pelos vendilhões de suas próprias consciências. A VEJA não entra mais em minha casa há 12 anos, quando cancelei a muito custo uma antiga assinatura.
Em resumo, o jornalismo está a caminho da fossa cavada por eles mesmos. Pelo menos o jornalismo impresso e comprado pelos políticos e bandalhas da oposição "responsável" - segundo o FHC, imediatamente após derrota acachapante para o Lula.
Salve a Eliane Cantanhede, o Clóvis Rossi (o decano da politicagem jornalística), o Merdal Pereira, o Ali Kamel, as "meninas" do Jô - o Gurgel da TV. Esses e outros é que fazem o nosso atual "jornalismo".
Desculpe o excesso de aspas. Mas falar dessa corja só com muitas aspas...
Um abraço e continue na sua jornada consciente e profissional.

Anônimo disse...

Bendita blogosfera! É através dela que se toma conhecimento de todas as verdades.