sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sem provas

O Procurador Geral da República Roberto Gurgel, que busca a qualquer preço evidência na mídia, deu entrevista à "Folha de São Paulo" dizendo, entre outras coisas, que o tamanho do mensalão PROVAVELMENTE é muito maior do que aquilo que foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Acrescentou que entrou na denúncia "apenas o que foi possivel provar". Sobre o ex-ministro José Dirceu ele disse que apesar de não existir provas contra ele, há uma série de "elementos de prova" que evidenciam que ele comandou o esquema. Sobre Lula disse que na origem não foram encontrados indícios da participação do ex-presidente e que no depoimento de Marco Valério "há muito pouco de novo". As declarações do procurador foram consideradas graves e desastradas. O secretário de Comunicação do PT, André Vargas, lembrou que "no Brasil acabou a presunção de inocência. Agora é a presunção de culpa". O ex-ministro José Dirceu, um dos condenados no processo, disse em seu blog que com essas declarações o procurador Gurgel não apenas confirmou a falta de provas para a sua condenação como, também, sugere a existência de outros crimes que ele não denunciou. O mais pitoresco é que os oposicionistas fizeram uma leitura diferente das declarações de Gurgel, obviamente de acordo com suas conveniências políticas. O senador Álvaro Dias, por exemplo, porta-voz no Congresso dos interesses da chamada Grande Imprensa, disse que as declarações do procurador demonstram FORTES INDÍCIOS do envolvimento de Lula, embora o próprio Gurgel tenha dito que não existem indícios da participação do ex-presidente. E com essas maluquices, que encontram espaço na mídia comprometida, vamos escrevendo a história contemporânea do Brasil.

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