quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Desarmamento

Um dia após um tiroteio no estacionamento de uma universidade no Kentucky, que causou a morte de duas pessoas, o presidente Barack Obama encaminhou projeto ao Congresso americano impondo restrições ao comércio de armas em todo o território americano. O projeto foi motivado pela chacina registrada numa escola de Newtonw, onde um atirador matou 26 pessoas, entre elas 20 crianças, massacre que provocou um grande clamor da opinião pública internacional. Obama, na oportunidade, fez um apelo aos congressistas para que aprovem a proposta, que tem o objetivo de prevenir o que classificou de "epidemia de violência armada" no país. Os ativistas da Associação Nacional de Rifles, no entanto, já iniciaram agressiva reação em todo o país, inclusive com anúncios na televisão, contra o projeto de Obama. Analistas não acreditam na aprovação da proposta, pois além de não contar com o apoio dos parlamentares republicanos, os ativistas favoráveis ao uso de armas são muito mais atuantes do que os pacifistas. Embora recente pesquisa tenha revelado que a maioria dos americanos é favorável ao projeto do presidente, a verdade é que ele vai enfrentar enorme resistência no Congresso, até mesmo no Senado, onde os democratas são maioria. Isto porque os conservadores são uma força muito grande no país. Se a proposta, porém, não for aprovada e ocorrer um novo massacre no país, o que acontece com muita frequência, os congressistas certamente serão responsabilizados pelas novas mortes. Será, sem dúvida, uma decepção e uma tristeza para as famílias das vítimas e, ao mesmo tempo, uma prova do atraso moral de uma das nações mais desenvolvidas do mundo.

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