domingo, 28 de outubro de 2012

Dúvidas de Boff

O respeitável religioso e intelectual Leonardo Boff, em artigo publicado neste domingo no "Jornal do Brasil" on line, questiona o julgamento do chamado mensalão, dizendo, entre outras coisas, que "quando se trata de tirar o dom mais precioso de um cidadão depois da vida – a liberdade – especialmente de políticos que ocupavam altos cargos de governo e que em suas biografias ostentam marcas de prisões, torturas e exílios por conta da reconquista da democracia, sequestrada pela ditadura militar, devem prevalecer rigorosamente a isenção e a independência; devem falar mais alto as provas nos autos que os meros indícios, ilações, a pressão da mídia e o jogo político". E acrescenta: "No caso da Ação Penal 470 cabe perguntar: fazer coincidir o julgamento com as eleições municipais não é entrar no jogo político, oferecendo uma poderosa arma a um lado dos contendores? Não há o sério risco de com isso se comprometer os princípios da isenção e da imparcialidade? Utilizar-se da polêmica teoria “do domínio do fato total” para enquadrar a maioria dentro de um raciocínio lógico-dedutivo, não empalidece o princípio básico da “presunção da inculpabilidade”? No furor condemnandi visível na linguagem adjetivada de alguns ministros, não ocorreu um excesso de imputação?" Vale refletir sobre tais questionamentos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Audácia do Boff !

Anônimo disse...

Audácia do Boff !

Anônimo disse...

Ótima, Ribamar.
Enquanto isso, naquele blog de ex-funcionário do BASA, continua a publicação contra a esquerda.
É muita cara de pau ou o sujeito está bem arranjado num emprego e não necessita mais do dinheirinho CAPAF?

Osvaldo Alencar disse...

Quem condenou sem provas não foi o STF. Este apenas referendou o que os verdadeiros juízes lhes ordenou: Globo, Veja, Folha e Estadão. O resto é para advogados inicantes e elitistas da direita passarem a vida tentando justificar.