terça-feira, 21 de junho de 2011

Plano de saúde

Diante do crescimento da queixa dos usuários, a  Agência Nacional de Saúde baixou, nesta segunda-feira,  novas regras para os planos de saúde, que começarão a vigorar em setembro próximo. Entre outras coisas a ANS determinou que o agendamento de consultas não pode demorar mais de sete dias, a não ser nos casos de especialistas, que podem chegar até a 14 dias. Os exames laboratoriais, por sua vez,  devem ser agendados no máximo em até três dias. Essas medidas, no entanto, conquanto necessarias, não resolvem os problemas dos planos de saúde, que estão ficando a cada dia mais caros e menos satisfatórios. Uma pesquisa realizada pela Datafolha com 2.061 pessoas em 145 municipios revelou que 60% dos mais de 45 milhões de brasileiros que tem plano de saúde enfrentam algum tipo de problemas com suas operadoras. Uma das maiores queixas dos usuários, além da demora no atendimento, é a diminuição do leque de opções, pois os médicos há tempos travam uma luta com as operadoras por melhores pagamentos dos seus serviços. E, como consequência, é assustador o número de médicos que vem se descredenciando. Resultado: o usuário paga mais caro e não tem a contra-partida. A solução. na verdade, seria a melhoria da qualidade do serviço médico gratuido oferecido pelo governo, a exemplo dos paises do primeiro mundo. Recorda-se que até 1964 o Brasil possuia um razoável sistema de saúde pública, com os institutos das diferentes categorias profissionais (IAPC, IAPI, IAPB, etc),  que foram unificados e nivelados por baixo no governo militar, iniciando-se um processo de deterioração que abriu caminho e criou o terreno ideal para o surgimento dos planos de saúde. Chega de medidas paliativas. É hora de examinar-se com maior atenção o problema da saúde em nosso país.

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