Nada mudou

Depois de 23 anos da morte de Chico Mendes, assassinado no Acre, e de muitas promessas,  nada mudou na Amazonia com relação à violência. A declaração é do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, acrescentando que as recentes vítimas dos crimes  "são novos personagens de uma história que continua a ser escrita com sangue  e que precisa ter um fim". O presidente da OAB cobrou  ainda dos governos uma ação mais efetiva no combate aos crimes e na proteção de agricultores e sindicalistas ameaçados de morte. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, das 30 pessoas ameaçadas de morte na Amazonia apenas sete foram incluidas no Programa Estadual de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos do Pará: 2 religiosos, um dos quais o bispo de Altamira, Dom Erwin Krautler, 2 sindicalistas, 2 trabalhadores rurais e um indio, residentes em Belém, Santarém, Rondon do Pará, Altamira, Tailândia e Redenção. Nesta terça-feira o governo federal deve deflagrar, sob a coordenação do Ministério da Justiça,  a "Operação Defesa da Vida", com a participação das Forças Armadas, Policia Federal, Força Nacional e Policia Rodoviária Federal.