sexta-feira, 20 de maio de 2011

Transada cara

Após pagar uma fiança de 1 milhão de dólares o francês Dominique Strauss-Kahn, agora ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, ficou de deixar a prisão de Nova York nesta sexta-feira, o que não significa, no entanto,  que ficará em liberdade: ele permanecerá em prisão domiciliar, monitorado por uma tornezeleira eletrônica, até o seu julgamento. E se for considerado culpado  pela justiça norte-americana poderá pegar uma pena de até 74 anos de prisão. Ele é acusado de estuprar uma camareira no hotel onde estava hospedado. A situação é humilhante para o homem que seria lançado pelo Partido Socialista Francês como candidato à sucessão do presidente Sarkozi. Agora, pergunta-se: será que um americano da projeção e perspectivas políticas de Straus-Kahn, flagrado nas mesmas circunstâncias, receberia idêntico tratamento na França? Agora imaginem que tratamento e que pena teriam dois pilotos brasileiros que tivessem sido acusados de provocar a morte de 154 pessoas num acidente aéreo nos Estados Unidos? A julgar pelo caso do ex-diretor do FMI, que pagou 1 milhão de dólares e pode pegar 74 anos de prisão apenas por uma transa extra-conjugal, nem é bom pensar no que aconteceria aos  pilotos.

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