domingo, 13 de abril de 2014

Militarismo

Finalmente uma liderança de peso dos Estados Unidos reconhece, publicamente, o espírito bélico do seu país, identificando no comportamento guerreiro norte-americano o motivo da antipatia dos povos do resto do mundo. Em entrevista à revista “Salon” o ex-presidente Jimmy Carter condenou o excessivo militarismo dos governos e da sociedade americana. Ele disse: "O restante do mundo, quase unanimemente, vê os EUA como o militarista-mor. Recorremos ao conflito armado num piscar de olhos - e com muita frequência isso não só é desejado pelos líderes de nosso país como também é apoiado pelo povo americano". É verdade. O próprio presidente atual dos Estados Unidos, Barack Obama, que se elegeu com um discurso pacifista, volta e meia arrota o poder bélico do seu país, como a intimidar as demais nações. Carter, mais adiante, afirma:"Também retrocedemos para um grau terrível de punição de nosso povo em vez de trazê-lo de volta à vida. E isso significa que temos 7,5 vezes mais pessoas presas do que quando deixei o governo. Somos o único país entre os membros da Otan que tem a pena de morte; e isso é mais uma mancha sobre nós no que diz respeito à violência injustificável, desnecessária e contraproducente". Obama, durante a campanha, prometeu desativar a base militar de Guantânamo, em Cuba, acusada de torturar presos e violar os direitos humanos, mas até hoje ela permanece lá, como um fantasma a assombrar os cubanos. Carter mostrou que tem bom senso.

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